sábado, 27 de março de 2010

BEJE ERÓ REALIZOU SUA MESA TEMÁTICA NO ESPAÇO XISTO.






mOMENTOS DA MESA REALIZADA PARA O EVENTO MARCO DO TEATRO.

domingo, 21 de março de 2010

Os Bejerianos na Oficina de pesquisa e Memória




O Ponto de Cultura do Solar Boa Vista de Brotas. Leva até o Ogunjá a oficina Pesquisa e memória que terá sua finalização até o fim do mês.

sábado, 13 de março de 2010



Mesa Temática; ARTE É EDUCAÇÃO

Local: ESPAÇO XISTO BAHIA, BARRIS, AO LADO DA BLIBLIOTECA CENTRAL- Salvador.

Quando: 23 de Março de 2010./ Horário: 14h30 min./Quanto Custa: Gratuito

Informações: (71) 8637 1644 (71) 9159 9685 // bejeero@bol.com

Objetivo;

· Potencializar uma troca de saberes e conhecimento para a comunidade como todo e conscientizar as pessoas sobre o papel da arte em nossa sociedade, comunidade.

Objetivo Específico;

· Intercambiar produtos e conhecimentos entre ONGs e Instituições voltadas a cultura e cidadania.
· Promover uma reflexão sobre conceitos de Arte Educação.

· Sensibilizar a participação da comunidade para Arte Educação.

Identificar as práticas metodológicas voltadas para as Artes Cênicas


















quinta-feira, 4 de março de 2010

Beje Eró e Mídia Étnica

Cidadania pela arte afro-brasileira
(06/08/2008 - 11:48)

Documentário registra a ação de organizações sociais da Bahia que utilizam as artes afro-brasileiras para a inserção de jovens e crianças.

O esforço de organizações sociais em utilizar a arte como ferramenta de inclusão social e promoção da cidadania para jovens e crianças no Brasil despertou a atenção do cineasta norte-americano Benjamin Watkins, que, a partir de 2004, passou a acompanhar com sua câmera o dia-a-dia de quatro dessas organizações sociais. O resultado de mais de 120 horas de filmagem é o documentário Insurreição Rítmica, com lançamento para convidados em 5 de agosto, no Teatro Vila Velha (Passeio Público). O filme também será exibido nas comunidades retratadas, quando os jovens atendidos por projetos sociais e seus familiares terão a oportunidade de se verem na tela grande. Insurreição Rítmica tem a co-produção da Big Wonderful Inc (EUA) e a Candace Cine Vídeo (Bahia), além da parceria com o Instituto Mídia Étnica.

As entidades registradas pela câmera de Benjamin Watkins são: Escola de Música e Dança Didá, criada pelo Mestre Neguinho do Samba, que possui uma banda e um bloco carnavalesco, formado por mulheres adolescentes do Centro Histórico de Salvador; Escola Picolino, que por mais de 20 anos, vem difundindo a arte circense e profissionalizando jovens em Pituaçu; o Bejé Eró, que por meio de aulas de cidadania, teatro, dança e música oferece alternativas para os jovens da Vila Viver Melhor, localizada no Ogunjá; e a Associação de Capoeira Angola Navio Negreiro - ACANNE, que utiliza a capoeira para trabalhar com jovens da periferia e do centro de Salvador no desenvolvimento comunitário e na valorização de suas origens africanas.

Para a estréia foram programadas apresentações artísticas dos jovens desses grupos culturais no palco do Teatro Vila Velha, revelando o talento desenvolvido nessas organizações: a batida das meninas da Banda Didá, números circenses do Picolino, a arte teatral do Beje Erô e o toque do berimbal dos alunos da ACANNE.

O documentário tem duração de 90 minutos e retrata a transformação promovida por essas organizações sociais na vida de crianças e jovens de bairros pobres de Salvador. São adolescentes cujas possibilidades de inserção social são limitadas pela pobreza, pela discriminação e pelo racismo. "A arte surge como via de união desses indivíduos, elevando a auto-estima, reconstituindo a identidade, capacitando-os profissionalmente e inserindo-os socialmente", ressalta o cineasta Benjamin Watkins, nascido na cidade de Akron, no estado do Ohio (EUA).

Exemplos - O filme mostra histórias como a de Antonio Marcus, da comunidade da Saramandaia, que viu muitos dos seus amigos morrerem pelo envolvimento no tráfico, mas encontrou saída para esta realidade nas aulas no Circo Picolino, a partir de 1991. Hoje, ele é um dos artistas e instrutores da Escola de Circo e criou, com outros jovens da Saramandaia, um projeto social, no qual repassa conhecimentos artísticos a outras crianças. Por exemplos positivos como este a situação de violência da Saramandaia diminuiu e os jovens passaram a buscar outras alternativas.

Alternativas também encontradas por Mário Roma, morador da Vila Viver Melhor, no Ogunjá, que sonha com uma carreira artística que garanta dias melhores para sua família. O aprendizado vem nas aulas de teatro e percussão do projeto comunitário Beje Eró, saudação iorubá para os Ibejis, orixás que representam as crianças. Através do Beje Eró, Mário e outras crianças montam peças teatrais, fazem apresentações da banda e discutem temas como riscos das drogas, cidadania, direitos e deveres.

Continuidade - Para garantir que continuem divulgando suas ações e registrando suas conquistas, o Projeto Insurreição Rítmica conseguiu equipar as quatro organizações retratadas no filme com câmeras de vídeo digital e ilhas de edição. "A proposta é que os projetos sociais que contaram suas histórias no filme agora possam ser autores de suas próprias produções", destaca Benjamin. A idéia é que o Instituto Mídia Étnica - organização do movimento social formada por jovens comunicadores afro-descendentes, que também recebeu os equipamentos - possa ser um pólo de produção e distribuição de conteúdos audiovisuais que tratem de questões ético-raciais na Bahia.

Entrevistas com artistas, intelectuais e militantes do movimento negro baiano permeiam o filme. Entre eles estão a educadora e diretora do bloco afro Ilê Aiyê, Arany Santana, o historiador Ubiratan Castro de Araújo, a cantora Margareth Menezes, o ator Jorge Washington, do Bando de Teatro Olodum, e a escritora e educadora Vanda Machado. "Essas falas ajudam a entender a importância da cultura africana na identidade do povo baiano e de como essas referências podem ser utilizadas na socialização de jovens", explica o diretor.

Após conhecer vários países de forte presença negra, como Ghana, Cuba e Haiti, e ser sensibilizado pessoalmente pela força das heranças africanas, Benjamin Watkins foi impactado pelo que viu e ouviu na Bahia. "O que despertou meu interesse em realizar este filme foi ter visto que na Bahia, com a maior comunidade afro-descendente das Américas, após quase cinco séculos a luta contra a opressão continua, através de guerreiros e guerreiras como Mestre René (Acanne), Rejane Maia (Beje Eró), Anselmo (Picolino), Viviam (Didá) e Paulo Rogério (Instituto Mídia Étnica), que são algumas das muitas vozes contra a opressão e o racismo", destaca o diretor, completando. "Nosso intuito é provocar a interação entre essas experiências positivas e outras iniciativas com desafios semelhantes pelo mundo".

Série de lançamentos do documentário Insurreição Rítmica

05/08 - 19 h - Teatro Vila Velha (Passeio Público - Campo Grande): lançamento para a imprensa e convidados

Exibições nas comunidades - abertas ao público
07/08 - 19 h - na Didá, Pelourinho
08/08 - 19 h - na Associação de Capoeira Angola Navio Negreiro/Acanne (Largo 2 de Julho)
09/08 - 19 h - no Bejé Eró (Vila Viver Melhor/Ogunjá)
10/08 - 18 h - no Centro Cultural de Plataforma (Praça São Brás, Plataforma - Subúrbio Ferroviário)
11/08 - 19 h - no Circo Picolino (Pituaçu)

Ficha Técnica

Diretor: Benjamin Watkins
Produção: Paulo Rogério Nunes (Instituto Mídia Étnica) e Eliciana Nascimento(Candace Cine Vídeo).
Câmera
: Eliciana Nascimento, Benjamin Watkins, André Santana, Bill Delano, Greg Swingle, Igor Souto

Informações: www.insurreicaoritmica.org
Tel: (71) 9106-1512 / 8873-7047